terça-feira, 24 de janeiro de 2012

doze segundos

eu busquei nos cantos empoeirados do passado e nas idealizações em technicolor algo que pudesse expressar como sentir o nada.

ou o quase nada, um breve repouso pros olhos que não são assim tão atentos e por vezes não conseguem ou têm preguiça de mirar.

e quando é noite as estrelas se esparramam pelo nada, a areia dança traiçoeira, o nada cresce e só se pode confiar na luz amarela que corta a vista a cada doze segundos.

chorei sentada pelo caminho perdido, pelo nada e pelas estrelas. mas não chorei e não chorarei por culpas que sequer reconheço e nem pelas que admito e afago.

aguardo e olho enquanto a luz mergulha no nada em seu tempo exato. eis o caminho.

e se não fosse certa canção eu jamais viveria...