quarta-feira, 30 de abril de 2008

uma garota fácil

'jogos de amor são pra se jogar...'

fácil, garota objeto...

boba, ingenua e legal demais...

eu deveria ter dito não!
ou melhor, não deveria ter dito nada! fazer cára de paisagem, ignorar... menina má!

mas não... eu fiz o que me deu vontade de fazer. e nem tudo, eu diria, porque eu queria ter feito muito mais... [fácil sim, galinha não, ok?]

eu deveria guardar rancores, deveria alimentar sentimentos não tão nobres... isso que dá ser educada por mulher cristã, meiga, sensivel e ao mesmo tempo forte que é a minha mãe. sempre dizendo que eu devo ser boa, amiga, compreensível... fez de mim uma perfeita idiota carente e sentimental.

pior que nem ser depressiva eu consigo...

eu ainda consigo rir de mim mesma... que estúpida que eu sou.

terça-feira, 29 de abril de 2008

por razões sentimentais...

'o preço é me fazer acreditar...'

quais são as razões que controlam os sentimentos?

diicil, se eu partir do ponto que são díspares.

mas eu acredito que exista uma explicação... quem inventou que sentimento e razão são coisas separadas e que não se misturam, certamente era só alguém que não se conhecia o suficiente pra saber explicar-se... e não é errado, até porque eu não detenho verdade alguma pra ficar aqui dizendo o que as pessoa devem ou não fazer dos seus sentimentos...

todos eles...

tudo que passa pela mente, passa antes pelos sentidos.

razões sentimentais, sentimentos racionais.

eu sinto muito, assim como qualquer outra pessoa, e fico o tempo todo procurando um nome que defina o meu estado.

hoje, agora, eu diria que o meu estado é de contemplação...

segunda-feira, 28 de abril de 2008

a idade do céu

se não souber o que dizer, cante uma canção!

por jorge drexler

não somos mais
que uma gota de luz
uma estrela que cai
uma fagulha tão só
na idade do céu...

não somos o que queríamos ser
somos um breve pulsar
em um silêncio antigo
com a idade do céu...

calma!
tudo está em calma
deixe que o beijo dure
deixe que o tempo cure
deixe que a alma
tenha a mesma idade
que a idade do céu...

não somos mais
que um punhado de mar
uma piada de deus
um capricho do sol
no jardim do céu...
não damos pé
entre tanto tic tac
entre tanto big bang
somos um grão de sal
no mar do céu...

calma!
tudo está em calma
deixe que o beijo dure
deixe que o tempo cure
deixe que a alma
tenha a mesma idade
que a idade do céu

a mesma idade que a idade do céu...

domingo, 27 de abril de 2008

não existe o amor, apenas provas de amor.

'e lutar sempre por esse amor, que morre e reacende melhor'


de todos os sentimentos não existe outro mais inesgotável que o amor!

inesgotável não no sentido de ser eterno, já que pode ser e muitas vezes é tão efêmero quanto qualquer outro sentimento! mas a gente não se cansa de falar de amor! e de sentir amor! porque é bom, porque faz bem!

não tô falando de amor como um 'coletivo universal', falo daquele amor tempestivo, apaixonado, que bagunça nosso recreio, onde a gente se perde e nem sempre volta a se achar nesse labirinto de dor e delicia que é amar!

já não faz pouco tempo, o amor resolveu bater asas de mim...
desconfio que às vezes ele brinca comigo. em lembranças sem sentido, em saudades a muito superadas e de repente parecem sufocar, em melancolia desmedida ou se escondendo e se mostrando através de um certo sorriso!

enquanto o amor arteiro não resolve voltar a fazer em mim seu ninho, sigo fazendo dos momentos de solidão meu abrigo! mas sei que ele está perto e por que não? pode ser um amor caprichoso, passageiro ou impossível, mas que seja amor! se é que ele existe...

sábado, 26 de abril de 2008

obrigada por me lembrar

'às vezes faço o que quero. às vezes faço o que tenho que fazer'



tempo. e estou falando no sentido do curso das horas, dos dias, meses, estações...

outro dia o ponteiro do meu relógio estava caminhando para trás... e me atormentou por alguns minutos a possibilidade do tempo realmente estar retrocedendo.

retrocesso. um passo pra frente e dois pra trás. o que você tem na vida? onde estão teus bens materiais? tuas conquistas? pra que você trabalha?

eu não vejo o tempo, mas sinto seus efeitos e apesar de invisível o tempo pesa.

é como olhar no espelho e não se reconhecer naquele reflexo.

e lembrar que no fundo nunca se reconheceu. não saber explicar.

medo. medos tolos e infantis. de fogos de artifício, de vacas e cavalos.

coragem. de falar de sentimentos com naturalidade e mostrá-los, simplesmente porque não há nada de errado em senti-los. podem até não ser compreendidos, podem até não ser correspodidos... mas o que fazer com eles então? simplesmente guardá-los numa caixa com um laço de fita óu enterrá-los no quintal?

perdoa. eu deveria extravasar alegria, porque é assim que as pessoas normalmente fazem.

eu bem que poderia me adaptar, às vezes eu me sinto parte de tudo... às vezeseu acho que vai ser bom.

mas sempre tem um trouxa pra me lembrar que não...

sexta-feira, 25 de abril de 2008

agora, pra sempre...

'palavras e silêncios que jamais se encontrarão'

que seja passageiro, que seja efêmero, que se perca no vão dos pensamentos, que se faça uma lembrança desconexa e vazia, que me faça rir de mim mesma daqui algum tempo. e que não tarde. que assim seja. antes que meu coração derreta, antes que não me reste as unhas pra roer, antes dos meus olhos cruzarem fatalmente com os teus uma outra vez.

e que do encontro dos nossos olhares não reste entre nós senão o espaço fisico e as coisas que nele transita. quee faça manhã ou tarde, sol ou chuva, tanto faz. que essas coisas naturais e antes despercebidas em nada remetam a tua imagem. que sejam simplesmente chuva e sol e não tempestivas no meu pensamento.

e há de ser... como passos que se perdem pela neblina, que na memória tuas cores desbotem e percam o brilho.

mas que ainda brilhe onde estiver. enquanto puder. e para quem quiser.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

cativa-me

'cativar é amar e também aceitar um pouquinho da dor que alguém tem pra te dar...'

o pequeno príncipe - capítulo XXI

e foi então que apareceu a raposa:
- bom dia, disse a raposa.
- bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
- eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- quem és tu? perguntou o principezinho. tu és bem bonita...
- sou uma raposa, disse a raposa.
- vem brincar comigo, propôs o principezinho. estou tão triste...
- eu não posso brincar contigo, disse a raposa. não me cativaram ainda.
- ah! desculpa, disse o principezinho. após uma reflexão, acrescentou:
- que quer dizer "cativar"?
- tu não és daqui, disse a raposa. que procuras?
- procuro os homens, disse o principezinho. que quer dizer "cativar"?
- os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. é bem incômodo! criam galinhas também. é a única coisa interessante que fazem. tu procuras galinhas?
- não, disse o principezinho. eu procuro amigos. que quer dizer "cativar"?
- é uma coisa muito esquecida, disse a raposa. significa "criar laços..."
- criar laços?
- exatamente, disse a raposa. tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. e eu não tenho necessidade de ti. e tu não tens também necessidade de mim. não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. serás para mim único no mundo. e eu serei para ti única no mundo...
- começo a compreender, disse o principezinho. existe uma flor... eu creio que ela me cativou...
- é possível, disse a raposa. vê-se tanta coisa na terra...
- oh! não foi na terra, disse o principezinho.
a raposa pareceu intrigada:
- num outro planeta?
- sim.
- há caçadores nesse planeta?
- não.
- que bom! e galinhas?
- também não.
- nada é perfeito, suspirou a raposa.
mas a raposa voltou à sua idéia.
- minha vida é monótona. eu caço as galinhas e os homens me caçam. todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. e por isso eu me aborreço um pouco. mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. o teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. e depois, olha! vês, lá longe, os campos de trigo? eu não como pão. o trigo para mim é inútil. os campos de trigo não me lembram coisa alguma. e isso é triste! mas tu tens cabelos cor de ouro. então será maravilhoso quando me tiveres cativado. o trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. e eu amarei o barulho do vento no trigo...
a raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- por favor... cativa-me! disse ela.
- bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- a gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. compram tudo prontinho nas lojas. mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. se tu queres um amigo, cativa-me!
- que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- é preciso ser paciente, respondeu a raposa. tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. a linguagem é uma fonte de mal-entendidos. mas, cada dia, te sentarás mais perto...
no dia seguinte o principezinho voltou.
- teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... é preciso ritos.
- que é um rito? perguntou o principezinho.
- é uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. é o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. a quinta-feira então é o dia maravilhoso! vou passear até a vinha. se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!
assim o principezinho cativou a raposa.
mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- ah! eu vou chorar.
- a culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- quis, disse a raposa.
- mas tu vais chorar! disse o principezinho.
- vou, disse a raposa.
- então, não sais lucrando nada!
- eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
depois ela acrescentou: - vai rever as rosas. tu compreenderás que a tua é a única no mundo. tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.
foi o principezinho rever as rosas:
- vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. sois como era a minha raposa. era uma raposa igual a cem mil outras. mas eu fiz dela um amigo. ela á agora única no mundo. e as rosas estavam desapontadas. - sois belas, mas vazias, disse ele ainda. não se pode morrer por vós. minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. foi a ela que pus sob a redoma. foi a ela que abriguei com o pára-vento. foi dela que eu matei as larvas (exceto duas ou três por causa das borboletas). foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. é a minha rosa.
e voltou, então, à raposa:
- adeus, disse ele...
- adeus, disse a raposa. eis o meu segredo. é muito simples: só se vê bem com o coração. o essencial é invisível para os olhos.
- o essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. mas tu não a deves esquecer. tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. tu és responsável pela rosa...
- eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

casa nova

'um silêncio antigo com a idade do céu...'

após inúmeros contra tempos e muita insistência, eu definitivamente desisti do weblogger. e aqui é minha nova casa!

vou sentir saudades daquela coisa que não funcionava direito, do meu template lindo, que eu adoro... os textos ao menos estão salvos e quando me der vontade eu volto a postá-los...

bom, agora só preciso me sentir a vontade por aqui... o que eu espero que aconteça naturalmente...

enfim... essa é a minha nova casa...

um pouco bagunçada ainda, um pouco confusa, assim como eu... mas aqui está!

pouco me importa se será visitada ou não... o que importa é que é minha e aqui eu que mando!

bláááágh!!!