segunda-feira, 23 de março de 2015

só dizer meu nome

e aquela boca fica ainda mais bonita.

quinta-feira, 19 de março de 2015

minha senha é um palavrão. algo sujo e improfanável que você mal ousa dizer, por isso nunca me revelará. que triste. desse doce azedo você precisa viver pra provar. não está claro como convêm, é uma letra morta, numa palavra triste onde escondo meu lado atormentado. 

minha escrita é clara. e isso me soou um elogio. estou confiante em te enganar com palavras, mas não sei até onde irei. toda farsa uma hora se revela. então me fingirei de louca e tudo se acertará com meio litro de lágrimas. meus papéis (tão esperados) chegarão e ninguém vai se machucar. 

vestiu o pijama do egoísmo e foi se deitar. insone, mas adormeceu sem dificuldade.

quarta-feira, 4 de março de 2015

não foi engano

atendeu o telefone com voz de sono e despertou de surpresa quando percebeu que a voz do outro lado não era a do nome registrado no visor do celular. ele pediu desculpas porque tinha dúvidas sobre a conveniência da situação. ela mal ouviu, nunca pensava a respeito de coisas como essa.

não houve como controlar o tom rouco e carregado de antipatia. não conseguiria voltar a dormir. anotou o recado com as mãos vibrantes. adjetivá-las trêmulas não definiria o formigamento que lhe subia dos dedos. um endereço, um até lá. ainda conta os minutos e já passou da hora.