o pior de mim

eu sofro por ser ele a ter que lidar com o meu lado mais difícil. 

daí eu me desfaço em uma confissão, eu anuncio o desastra por vir e ele diz que já sabia, que antecipar alivia mas não evita. daí sofremos juntos nessa imersão.

antes de respirar novamente eu já me sinto: profundamente amada e somos nós novamente.  

tenho na vida as pessoas que mereço ter. reconheço meus erros, inclusive os que não cometi. reconheço porque não compete a mim controlar como o que sou e como me movimento atinge os outros. admito minhas posturas: não necessito do público para afirmar as demandas do privado. não nego as aparências, sequer disfarço as evidências, viver é a minha fatalidade e vivo só. o que não deslegitima os meus afetos: há muito amor nos meus gestos, não me permito desgrudar meu traseiro senão por ganas minhas.  mas em algum canto desta escuridão, dentro de alguma caixa enterrada serei sempre só. 

eu te amo porque você me faz querer ser alguém melhor.