sábado, 5 de abril de 2014

tenho na vida as pessoas que mereço ter. reconheço meus erros, inclusive os que não cometi. reconheço porque não compete a mim controlar como o que sou e como me movimento atinge os outros. admito minhas posturas: não necessito do público para afirmar as demandas do privado. não nego as aparências, sequer disfarço as evidências, viver é a minha fatalidade e vivo só. o que não deslegitima os meus afetos: há muito amor nos meus gestos, não me permito desgrudar meu traseiro senão por ganas minhas.  mas em algum canto desta escuridão, dentro de alguma caixa enterrada serei sempre só.