sexta-feira, 23 de agosto de 2013
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
eu não sei em que momento exatamente da vida deixamos de ver o mundo e registrar as coisas com olhos infantis. sei sim que algo nos aconteceu. e que eu precisei entrar no emaranhado dos meus sentimentos, procurar um fio com o qual eu pudesse iniciar o desfazer de nós e construir uma lembrança boa e honesta de um homem tocado pela loucura. o primeiro homem que amei.
'você é a cara do seu pai'
ter a cara dele fez de mim um pequeno incômodo que manteve viva em casa a lembrança que todos queriam esquecer. mas não poderiam já que a menina tinha os olhos do louco.
ter a cara dele fez de mim um pequeno incômodo que manteve viva em casa a lembrança que todos queriam esquecer. mas não poderiam já que a menina tinha os olhos do louco.
loucura. não acredito que existe um padrão de normalidade para o comportamento humano. a convivência social é uma caixa. a caixa dele era pequena demais, ele cresceu pra fora dela, desfez-se dela, rasgou, chutou, queimou, mandou pra puta que pariu.
eu esperei este dia passar, eu falei sobre ele enquanto dirigia pela estrada e me permiti derramar uma lágrima porque sempre será a minha melhor e mais triste lembrança olhando pra mim todos os dias quando encaro os espelhos.
não me deixou heranças. a mim restou a confusão, o fatalismo e estes olhos que olham de dentro de mim mas não para fora, não para muito longe.
eu esperei este dia passar, eu falei sobre ele enquanto dirigia pela estrada e me permiti derramar uma lágrima porque sempre será a minha melhor e mais triste lembrança olhando pra mim todos os dias quando encaro os espelhos.
não me deixou heranças. a mim restou a confusão, o fatalismo e estes olhos que olham de dentro de mim mas não para fora, não para muito longe.
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