continuo perdida nesse afastamento real. fujo das notícias, tenho lido muito pouco desde a dissertação. penso em escrever, mas como, sem ler? como, sem ouvir as pessoas?
toda escrita é uma versão de histórias lidas e ouvidas. ou vividas, mas dessas eu não quero saber.
tem sido difícil viver uma segunda quarentena. passei dias recolhida cuidando da minha loucura e agora estou sozinha pra não contrair a loucura do mundo.
tento me reconectar às pessoas, amplio meus interesses, me movo sem sair do lugar. canto pela casa, mas o que eu quero é horizonte.
e se tudo ainda não voltou, quiçá nunca voltará