terça-feira, 10 de agosto de 2010

pôr-de-sol

já passa da hora que ainda não chegou. mastigo um chiclete sem gosto, só borracha. o silêncio grita porque mais uma vez eu desisti. ou nem foi uma desistência, apenas a opção consciente de ficar. não que falte chance ou momento ou disposição para um possível correr atrás do prejuízo, tem aquelas horas que não dá pra adiar. em nós sempre sobra tempo pra mais um beijo, um abraço, um sorriso. ou os três juntos, o que é ainda melhor.

o dia também vai perdendo o gosto e vai ganhando saudades. uma saudades daquelas quente, cor-de-laranja, que arde sem queimar. e quando as cores se vão, quando anoitece ainda é só você.