segunda-feira, 3 de agosto de 2009

piegas é dizer 'piegas'

eu não me lembro exatamente o que deveria vir aqui. era qualquer coisa que eu disse enquanto ele queria dormir e eu queria conversar. não me lembro, só me lembro que o título seria esse e que nós rimos deliciosamente enquanto o sono o levava e eu inutilmente tentava mantê-lo interessado nas minhas baboseiras. 'coloca isso no teu blog', foi o que ele disse. eu lhe contei uma história. uma das que está em algum lugar aqui, sobre pessoas que trepam ou morrem ou trepam e morrem, não importa! o fato foi que ele me pediu uma história, portanto não se encontrava no direito de reclamar pelo conteúdo e pela pobreza de argumentos da narrativa.

um mês. é só amanhã, mas eu não quis esperar e assim parece uma desobediência à formalidade de esperar a data em si. nós não vivemos muitas coisas juntos, não fomos amigos de infância, não choramos abraçados uma perda minha ou dele. a beleza está no porvir, e estará quando o provir chegar. se o mundo fosse um jardim, ele seria a minha flor preferida e talvez estivesse tatuado na minha perna. isso é piegas, mas é menos do que dizer piegas. é que me falta um jeito meu pra lhe dizer, um jeito bonito e feito de açúcar, a minha única forma de ser doce, uma vez que sempre fui amarga. sim, eu sempre reconheci a dor e não me poupei. eu deixaria que ele partisse se ainda fosse cedo. mas não é cedo nem tarde, é o momento. o melhor deles. em que eu queria escrever coisas corriqueiras e inventar histórias, mas só me vem uma inspiração: a dele, do seu sono partilhado e suas mãos indecisas. amo.