sábado, 12 de setembro de 2015

o último gole

a luz da manhã me desperta mesmo com as janelas fechadas e nessas horas eu ainda te toco com desejo porque gosto do calor do teu sono.

sentamos num mesmo bar como se fosse a vez primeira. te conto uma história infame, argumento com pouca convicção e você ainda sorri um riso natural e melhora a minha retórica. você ainda bebe o meu último gole, aquele que mantenho por capricho no fundo do copo.

o copo em que se bebe nunca deve permanecer vazio. em mim transbordou.