quinta-feira, 1 de outubro de 2009

não me troco nem por um e nem por vinte. eu escolhi uma vida que não se limita. de nada faço questão. abro mão fácil e sem melancolia. me divirto com colchões de molas. só meu pai sabia como me tirar pra dançar. ele ainda é o homem da minha vida. eu nunca esqueço uma palavra que cortou meu coração. eu não esqueço minhas palavras que cortaram outros corações. eu fuji de casa e vou voltar pra casa. os meus filhos sempre foram meus, embora ainda não sejam. eu gosto de parecer expansiva e cordial. é bom ter com quem dividir os meus silêncios também. minha infância foi triste mas já passou. isso é uma certeza e um alívio. eu sou uma azeitona e tenho caroço. nada é mais bonito que suspirar timidamente. eu não sou amelie. não mesmo. eu estou viva e não me escravizei. gosto do que é forçadamente casual. eu não sei se forçadamente existe. eu sou sinhá vitória de graciliano querendo ser audrey hepburn. chico buarque nunca cantou meu nome. porém a canções que tem meu nome é a mais linda do mundo. eu sou ridícula. eu acredito e construo. eu crio diálogos incríveis dentro da minha cabeça. flertar com a mentira e romper com as verdades. eu quero que o mundo ferva. eu adoro falar cu. eu quero que as pessoas partam. eu quero partir. despedidas são mais bonitas que encontros. eu prefiro as rupturas. sou tão banal e volúvel. eu já quis mudar alguém. o que é imbecibilidade? eu gosto de limonada mas prefiro dançar de saia. eu acho a indiferença o máximo. eu respondo com sorriso amarelo a conselhos idiotas e dispenso previsões. eu vou ter um filho porque escolhi ter um filho. eu não me importo com o que você pensa. escrever em primeira pessoa me faz sentir importante.


e daí?