terça-feira, 28 de dezembro de 2010

ainda não passou, mas vai passar.

porque a gente fica sempre assim meio sem achar o jeito certo, sem saber se deixa tudo que vai dentro transparecer ou se solta uns palavrões e segue a vida. tem momentos que não passam, ainda quando já passaram.

'não gosto de fazer ninguém querer riscar o seu passado'

a gente nunca sabe se a reação é proporcional, exagerada ou aquém, a gente só sabe que mexe, que cutuca, que se a gente forçar um pouquinho até parece dor. mas não é.

o acaso tem peripécias que deixam a nossa vida um pouco mais confusa. desnecessariamente, já que viver não passa de um monte de coisas absurdas que vão acontecendo sucessivemente e as quais sobrevivemos. ou não.

isso estava programado para ser externizado há pelo menos uma semana atrás. mas o tempo, o amor, a preguiça, os risos intermináveis, as compras natalinas, as cervejas, as cachaças, as drogas, as crianças, as roupas sujas, a lavanderia, as roupas limpas, as unhas coloridas, o carro, os apartamentos por visitar, nosso próprio apartamento e toda a bagunça que ele é capaz de conter, adiaram o momento. tudo isso. e um pouco mais, porque não falei dos almoços em família, dasfestinhas e confraternizaçõeszinhas.

pois é. tudo isso. mas foi tempo suficiente, coisas suficiente para me fazer desligar, tirar as palavras do foco da vida, mudar de assunto, virar a página e transformar tudo em piada.

a gente vai continuar rindo, eu continuarei ameaçando ele de morte. mas se foi dor, foi das vagabundas, porque já passou.