quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

"não sou o homem dos seus sonhos, sou o homem da sua vida"

lá pelas 3:20 da manhã quando eu peguei no sono novamente, depois do suco de cajú na madrugada. é incontrolável: o abandono, o fim, uma outra história irreal, fruto da minha própria angústia, ou como na sua teoria sobre os meus medos. é quando não há nada no meu controle, sua paciência não prevalece, é onde me pede que eu vá e me arraste pra qualquer canto com toda a minha tralha sem importância.

então você acorda antes, eu continuo. estou chorando perto de um rio barrento que quase transborda por sobre uma ponte. são lágrimas de despeito, havia pessoas que não conheço entre nós e você recusou o meu convite pra um passeio. ficou com os estranhos, eu pisei de pés descalços na lama e chorei.

despertei sem vontade de voltar pra onde não controlo. você me beijou na testa porque já sabe que eu gosto e me disse pra dormir mais quinze minutos. prefiro ficar na sua presença, na vida acordada, que é muito mais colorido.

você não é como nos meus sonhos e eu nem precisei te sonhar. assim é bem melhor.