sexta-feira, 10 de junho de 2011

para os dias de folga, o dia dos namorados e todos os outros...

confesso que sinto amor por todas as noites em que te acordo de madrugada pra dizer que o frio me dói e você me leva pra mais perto de si. e eu que nunca mais me enrolei nos cobertores e te deixei com os pés descobertos. enfim, aprendi a partilhar o sono e amo o nosso calor.

e naqueles momentos difíceis eu me aborreço por horas com as demandas da vida e você sempre me ajuda a não enlouquecer, não desistir da faculdade e não assassinar ninguém. com você eu sinto menos falta de ter um gatinho. (saudades do cirilo e da sibel)

minha vida era uma caixa imaginária cheia de trapos, de papéis velhos da quinta série, de fotografias de gente morta, de nicotina, de solidão, de vento balançando as cortinas e bagunçando as minhas idéias. hoje cabem muito mais coisas na minha caixa. eu me livrei de pesos antigos, bati os tapetes, abri as janelas e a minha vida também está cheia de mãos nos meus cabelos, de livros lidos a dois, passeios de bicicleta, lábios na minha pele. meus dias têm beijos ao despertar, beijos no elevador, na fila do supermercado, do cinema, ou outra fila qualquer... sempre sobra um beijo, outro e mais outro.

tem dias que sou tempestade, tem dias que ele é tanto silêncio que às vezes eu quase odeio. nos equilibramos entre as minhas infantilidades e as coisas que ele sempre esquece. entre meus gibis espalhados e essas poucas paredes que nos assistem.

um amor de calma e paixão. daqueles que eu sempre quis.