quarta-feira, 18 de junho de 2008

com vontade de voltar

tudo me espera. e eu me sinto sempre na obrigação de suprir essa necessidade, mesmo que ela seja apenas paranóia minha e no fundo todas as coisas permanecerão, ou mudarão, independente da minha intervenção, da minha presença...

resumindo, o mundo e as coisas estão cagando montes pra mim! mas ainda prevalece um instinto de cuidado e zelo pelo que me cativa.

por mais que me forçe, meus braços me traem e seguem abrindo-se num abraço onde deveria caber todos que eu quero por perto. mas não cabem... e muitos se perdem. uns contra a minha vontade, e eu me culpo por permitir que se vão... e por vezes esqueço que trata-se apenas de caminhos que seguem... e é inevitável que as pessoas passem por mim e eu por elas, mesmo que essas não me deixem nada ou não levem nada de mim.

minhas pernas me desobedecem e seguem me levando a uma porção de lugares idiotas onde eu não deveria estar... atrás de coisas e pessoas dispensáveis e alegrias rasas. e eu me esforço por parecer sociável e admirada pelo meu redor, e quando me canso, finjo-me embriagada e vou embora!

embora sempre presente e dedicada, ainda assim não me distraio, não me envolvo, não me entrego e se o faço é sempre com ressalvas. e já me acostumei com essa minha esquisitice... eu bem gostaria de ser mais empolgada! de demostrar interesse, de sentir ansiedade! comer mil bombons, fumar dez maços de cigarro, enquanto aguardo.

a questão é que não faço questão... quando penso em dedicar algum pensamento, em aguardar, logo me preenche uma outra porção de coisas... e fica pruma outra hora... e incrivelmente isso também surpreende a mim... me incomoda a ausência daquela velha euforia...