quarta-feira, 17 de setembro de 2008

escreveria muitas linhas sobre nós, mas me disseram que não devo me estender por demais. porque quanto mais me prolongo, menos me faço entender.

não que qualquer um de nós mereça essa minha escrita. não que valhamos mais que uma tubaina sem gelo ou duas garrafas por uma maçã do amor. desconfio que o que valemos, na verdade, não está mais em nós. nos dividimos entre aqueles com quem queríamos deixar um pouco do que somos. umas vezes, impulsiva e deliciosamente. outras, nem tanto. mas o fato é que não nos poupamos. e nem tentamos! trago agora um pouco de nós, na minha caixa com fitas.

imagino nós, imperfeitos como somos a partilhar muito mais que desencontros. e quando confirmamos que no mundo existe muita gente, estávamos assim imersos na sabedoria inútil e falha do acaso, que não nos colocou, mas pelo menos nos impulsionou, de alguma maneira, ao momento e estado em que nos encontrávamos.

escreveria muito mais sobre nós. se essas nossas coisas se explicasse pelas palavras. se não fosse meu jeito de fugir. aqui não quero me encontrar. prefiro não fazer sentido.

é provável que eu pense em nós. em noites de pouco sono. e não por razões sentimentais. mas pelo simples consolo, ainda que a distância, de te saber existente e convivermos.

despeço-me. até breve. o dia em que a saudade bater no teto.