sábado, 29 de novembro de 2008

eu descobri...

de onde ele rouba o brilho infantil dos olhos que me olham agora. mas não posso dizer porque é um segredo que não é meu, não posso revelar. só posso contar que de todas as alegrias que me costituem, a alegria de sabê-lo existente é a que agora me faz contente. eu não sou das que romantizam, nem das que fogem. sou só uma folha solta que um dia vai se colar novamente ao galho. repito: não romantizo. ao contrário, prefiro as razões. procuro levar num embalo macio e gostoso as lembranças e não tento nem quero viver novamente. não quero que o tempo volte. só quero que prossiga sem esforços, assim aproveito-me da distância pra desafogar sorrisos perdidos entre suspiros que me fazem tão bem. repito: sorrisos me fazem tão bem. eu não me perdi, não sou mais criança, embora isso nem sempre fique explícito. já aprendi o caminho de volta pra casa e aprendi a fazer de onde estou o meu lugar, seja lá onde for e como for. mentira, estou aprendendo. mesmo no feio, busco enxergar o belo pelo puro prazer de ver além do que se vê. só pra fazer um verso depois. e esse verso já teve mil formas, mas nunca parece de acordo. uma hora vai ficar bom, do meu gosto. é um versinho só. um dia canto pra você.