é primavera, mas por aqui parece que é sempre verão.
onde se encontram todos os azuis e não só eles, mas todas as cores com as quais eu gostaria de pintar os meus cabelos, se elas não desbotassem tão fácilmente. e eu desconfio que desbotam de tanto olharmos pra elas.
a minha conclusão é que só devemos dormir depois de comer o mundo. engolir a terra e as criaturas. matar a sede de mar.
não há necessidade de imprimir marcas por aí, nem de registros que ultrapassem a memória. depositarei as lembranças na velha caixa e voltarei a enterrá-las. quem sabe dessa vez elas não brotem?
é primavera, mas por onde vão as flores?
não me prolongo. confesso, eu não consigo!
daqui pro fora de cena. mas eu volto pra contar os grãos de areia.