terça-feira, 7 de outubro de 2008

nota do autor

ainda bem que eu conservo essa minha mania de enxergar alguma poesia em viver. não me esforço por parecer indiferente, pois a indiferença já passou, assim como muitas coisas passarão [e eu passarinho!] =)

ainda há o que fazer. além de pensar no que se partilhar com o mundo através de coisas que digo. existe toda uma vida, uma história, muitos caminhos. não existo a partir do que me mostro. muito mais, eu acredito. meu mundo não é esse aqui.

e eu acho que as coisas são bonitas, apenas. às vezes penso que elas ultrapassam o sentido de beleza. algo como sublime.

sublime. palavra que eu nunca soube definir. só depois que aprendi que algo pode ser belo além do que é belo. muito mais que belo, sufocante em existir. desconfio que se não conheci, cheguei bem perto.

ainda bem que algumas pessoas ainda se auto-afirmam. assim não me sinto a única.

passado. ainda bem que existe a lembrança. ainda bem que existem frases soltas de qualquer canção antiga que nos justifica quando falta o que dizer. pura vaidade, eu sei. a gente deveria se envergonhar disso!

as coisas bonitas seguem me distraindo. não penso nelas como coisas minhas. não quero possuí-las, garanto. são coisas do mundo. e se não me faço entender, tampouco tentarei entender para além desse meu cérebro de noz. meus devaneios bastam-me.