quarta-feira, 29 de outubro de 2008

elas

elas são daquelas de guardar no pote. conservá-las no formol, só pra não ver se perder a doçura que elas têm.

a gente já deixou nosso verão pra mais tarde, por causa dos namoros bem sucedidos ou não, dos tcc's, das pilhas de trabalho atrasado, das roupas pra passar, da falta de grana e tudo mais. sem falar no oceano, no lá distante do oriente, que abriga uma parte nossa. ainda sim, elas se agarraram na boléia do mesmo caminhão onde eu já vinha soltando minhas frases por esse mundo.

engraçado pensar que conheci a cada uma num momento distinto. e nós nos unimos, o tal do santo bateu e tudo aconteceu e ainda acontece! não por mera conveniência, mas porque somos incrivelmente afins! poderíamos nos detestar, era um risco. mas elas são singelas e sinceras nos atos, nas emoções e mais, cada uma a sua maneira traz uma pureza de coração.

amigas presente, ausente, no quarto, nos telefonemas nas horas inoportunas, no japão. amigas dos origamis, acampamentos na praia, festas na unicamp, cigarros divididos, madrugadas no carteado, promessas de lamber o chão da bolívia! dos trocadilhos toscos com nomes: um tal de almirante, né?

amiga de contar o dia mais importante, de dizer exatamente o que eu tava pensando e eu dizendo 'sim! sim! é isso mesmo!'.

dessas amigas que fazem a gente se sentir esperta e madura. ou palhaça e infantil.

dessas que valem ouro.